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LIVRO DE AUSTRALIANO ENSINA COMO CRIAR MENINOS

O livro procura explicar de modo inovador por que os meninos são diferentes, o que os pais devem fazer para criar meninos alegres, confiantes e gentis e como transformá-los em homens equilibrados e felizes, passando pela adolescência sem traumas. Está a venda nas livrarias Criando Meninos (Editora Fundamento, R$ 29,90), escrito por Steve Biddulph.

A obra do professor e terapeuta australiano está fazendo sucesso no país do autor e em outros da Europa como a Inglaterra, a França e a Itália. Nela, Biddulph procura explicar de modo inovador por que os meninos são diferentes, o que os pais devem fazer para criar meninos alegres, confiantes e gentis e como transformá-los em homens equilibrados e felizes, passando pela adolescência sem traumas. Para melhor facilitar a compreensão do leitor, as 168 páginas têm linguagem clara e direta, fichas resumidas (quadros azuis chamados Em poucas palavras) com os principais pontos e dicas de cada capítulo, relatos de histórias pessoais (Histórias do coração) e ilustrações bem humoradas que refletem e ajudam a compreender o conteúdo abordado.



A obra, que pode ser lida tanto pela mãe como pelo pai, também é dirigida à comunidade e recomendável a profissionais como professores e técnicos esportivos. Especialmente para você que é pai Biddulph dedica todo o capitulo 5, mas dá outros toques ao longo de Criando Meninos que merecem consideração e devem ser lidos pois dizem respeito ao desenvolvimento da sexualidade e de outros aspectos da personalidade masculina. Antes do capitulo 5, por exemplo, o autor menciona que entre os 6 os 13 anos o garoto tende a se espelhar no pai e a imitar tudo o que este faz e diz. É nesta fase da vida que o menino começa a assumir a masculinidade e “aprende a ser homem”. Como o pai passa a ser o modelo, é necessário, então, redobrar a atenção e os cuidados com a criança, pois ela tenderá a imitar você tanto para o bem como para o mal e poderá sofrer caso você fique longe dela.


A ausência do pai neste (mas não só neste!) momento poderá trazer conseqüências sérias e irremediáveis à vida tanto do filho quanto dos demais familiares. A questão é tão séria que o autor escreveu na página 17 o que ele mesmo classificou como sendo a frase mais importante de todo o livro: “Se você tem como rotina trabalhar de cinqüenta a sessenta horas por semana e ainda viaja a trabalho, simplesmente não vai dar conta de ser pai”. Biddulph sabe que na sociedade moderna cada vez mais mães estão assumindo a educação integral dos filhos e que aos pais, historicamente, sempre coube o papel de provedor do lar. Os conselhos do especialista, no entanto, não param por ai. Arranjar tempo para exercer a paternidade é apenas uma das cinco recomendações fundamentais mencionadas na obra, quer o homem tenha ou não união estável com a esposa ou companheira, caso ele deseje ver o filho bem crescido e realizado na maturidade.


E é em nome deste objetivo para o qual todos devem juntar esforços que a você cabe lutar desde cedo pelo direito de ser pai, envolvendo-se com a gravidez e fazendo-se presente ao parto dos filhos. Se a criança for do sexo masculino, você não deve se importar em ser excessivamente carinhoso, temendo com isso afemina-la. Pelo contrário. O autor sugere que você, além de atuante e atencioso, seja expansivo, não bata no garoto nem o intimide, mas seja firme e exija sempre respeito, objetivando a transmitir autoridade e ensinar regras. Uma boa maneira de envolver-se com o menino é brincar de lutar, ocasiões em que você poderá ensiná-lo a ter autocontrole. Outra é ler ou contar histórias antes de se deitarem. Além, é claro, de conversar sempre, procurando ampliar a consciência do garoto e auxiliando-o a planejar tarefas e outros eventos.


Já na adolescência, quando os filhos tendem a sofrer com a proximidade da entrada na idade adulta e com todos os desafios e angústias que a puberdade traz, as doses de compreensão devem aumentar. Sem abrir mão dos seus deveres nem abdicar do comando, neste importante momento, Biddulph sugere ao pai confiar o garoto a um mentor -- que pode ser um técnico esportivo, um tio ou um professor -- desde que este seja um adulto responsável que possa servir de exemplo para moldar o comportamento definitivo do rapaz e você faça sempre sua parte.


Nada, portanto, de bancar o “boa praça” nem de tirar o time de campo, deixando para a mãe e para os outros a tarefa de amar e até repreender quando necessário o filho ou tentar mostrar ao menino ou ao rapaz o que é certo ou errado, impondo os limites necessários para a tranqüilidade e segurança de todos. A tarefa de educar e disciplinar o menino dentro de casa terá mais chance de obter êxito e se completará lá fora com todas as chances de ele vir a ser um homem respeitoso, completo e útil ao mundo se, além de atuante, você souber e aceitar dividi-la com a parceira e com gente ou setores os quais possam contribuir nesta missão. Agindo desta forma, ensina-nos Biddulph, há ainda outros ganhos, como o fortalecimento da própria união conjugal, sem se falar em outros fatores positivos, como o envolvimento com pessoas que podem vir a ser interessantes não só para o menino, mas para todos que o cercam e o querem bem, aumentando as possibilidades de felicidade geral na família e na sociedade.

Livro de australiano ensina como criar meninos

Marcelino Lima, jornalista e pai de Jorge Henrique, 6 anos

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Written by Marcelino Lima.

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