Guarda dos Filhos

GUARDA PATERNA (SOB O PRISMA PSICOLÓGICO)

Avaliação psicológica, feita por psicóloga do processo de escolha de qual dos dois genitores é o mais apropriado para obter a guarda exclusiva A guarda paterna tem se tornado um desfecho cada vez mais freqüente em separações de casais com filhos. As mães continuam a ter a prioridade na posse e na guarda dos filhos, mas aumenta a cada dia o número de homens que obtêm a guarda provisória ou mesmo definitiva.

Este fenômeno se deve às mudanças na legislação sobre a guarda das crianças, agora mais abertas à demanda masculina.

Outro fator a considerar é o novo perfil familiar, ou seja, com a emancipação feminina é possível encontrar mães que são provedoras e trabalham em período integral e pais com mais tempo disponível para dar atenção e educar os filhos.

Desde que a mulher saiu para trabalhar e passou a exercer funções iguais às dos homens, a guarda materna deixou de ser uma questão fechada.

Os homens estão mais conscientes e participam da criação dos filhos. Eles acompanham as lições de casa, levam às festinhas da escola e conversam com os filhos. A maioria dos deles se preocupa com a educação que os filhos vão ter.

Mudou a mentalidade e eles querem participar mais. Não querem mais ser ausentes ou limitar-se a ser provedores. Sendo assim, como homens e mulheres hoje disputam igualmente o mercado de trabalho, trata-se de saber quem estará mais disponível para os filhos.

A justiça, baseado no Estatuto da Criança e do Adolescente, aprovado em 1990, concentra suas decisões no bem estar dos filhos. O juiz determina a realização de avaliação psicossocial que lhe dará subsídios para sentenciar. Esta perícia é realizada por psicólogo e assistente social judiciário, que lê o processo, entrevista pai, mãe, as crianças e adolescentes e os avós, visita as residências dos responsáveis e produz um laudo.

É esse laudo que sugere ao juiz qual dos pais está em condição mais adequada para assumir o trato e a educação dos filhos. Embora leve em conta a perícia, a decisão final cabe ao juiz.

Muitas mulheres sentem-se profundamente desqualificadas enquanto mãe, quando perdem a guarda dos filhos, pois esta foi durante muito tempo a principal função social da mulher. Mas há um número significativo de mulheres que lidam com tranqüilidade diante desta questão porque não consideram que estão abandonando seus filhos ou sendo abandonada por eles.

Os laços parentais podem ser preservados com as visitas de
final de semana e contatos freqüentes, independente dos dias
estabelecidos para os encontros.

Na verdade, o bom educador não tem sexo, o homem que educa os filhos sozinho enfrenta o mesmo tipo de dificuldade que a mulher, ou seja, conciliar as funções maternas e paternas. O pai tem que ter sensibilidade e a mãe exercer adequadamente a autoridade.

Não há desvantagem no fato de um filho ser criado pelo pai, desde que tenha convívio com a mãe. Educar um filho não é tarefa fácil, homens e mulheres sabem disso, mas é certamente uma das experiências mais ricas e gratificantes que existe.


Maria Helena Rizzi*é Psicóloga Psicopedagoga
Email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Imprimir Email