Madrasta

MADRASTA E A NOVA FAMÍLIA

Quem são e o que sentem as pessoas envolvidas num novo relacionamento após uma separação?

Quando a mulher inicia um relacionamento com um homem que já tem filhos, tem que ficar em estado de alerta. Nesse momento ela passa a ser a madrasta dos filhos do primeiro casamento e se não se preparar bem para tal tarefa pode frustrar-se bastante. Esse é um relacionamento que pode trazer muitos problemas e para que seja fácil resolvê-los a madrasta deve antecipar-se a eles. Deve ter em mente tudo o que pode acontecer com as pessoas envolvidas na história. Além dela, há o namorado, a ex-esposa e as crianças. Todos podem estar abalados emocionalmente, com medos, expectativas e emoção à flor da pele. O mais importante para viver em harmonia nesse relacionamento é ter bom senso diante dos problemas que forem aparecendo. O sucesso da empreitada depende um pouco de cada personagem. Veja quem são eles:

A Madrasta

Quando uma madrasta inicia o relacionamento com seu companheiro, deve ter em mente que não poderá ter ciúmes nem da criança, nem da ex-esposa. Elas já existiam antes dela, portanto tudo o que as envolve não pode ser surpresa. A madrasta deve saber quais foram os combinados no momento da separação e saber que esses deverão ser cumpridos rigorosamente. O valor da pensão deve ser pago impreterivelmente no dia combinado, as visitas do pai à criança devem ser mantidas, a criança deve ver o pai o máximo que for possível e permitido no acordo. Se ele tiver livre acesso a casa da mãe deve comparecer para ver as crianças, bem como nas festas de aniversário e festas da escola. Alguns casais acordam que o pai pagará despesas extras e que também auxiliará a mãe em caso de emergência ou outros, portanto a madrasta deve saber exatamente o que foi combinado e se aceitará dividir o companheiro quando houver necessidade. Os pais lutam mais e mais a cada dia para terem a guarda compartilhada. Isso significa um contato cada vez maior com a ex-esposa e com a criança. A madrasta deve concordar plenamente com essa possibilidade que será a melhor alternativa de vida para a crianca. Tem que se lembrar também que um dia a criança poderá vir morar com o pai.

A Ex-esposa

Quando a ex-esposa não aceita o novo relacionamento do ex-marido fica tudo mais complicado para a madrasta. Ela falará mal dessa nova mulher do pai para a criança e essa a odiará. Quando a criança chega na casa do pai arredia e com frases prontas fica clara essa situação. Nesse momento a madrasta deve colocar-se no lugar da criança e perceber que ela não age assim porque quer. Deve mostrar para a criança que ela tem boas intenções e deixar que o dia a dia mostre que ela não é má como a mãe lhe diz. Se a ex-esposa aceita o novo relacionamento do ex-marido tudo fica fácil. A criança terá “autorização” para gostar da madrasta e poderá conhecê-la naturalmente no dia a dia, sem nenhum tipo de interferência.

O Pai
O pai pode estar triste por estar longe dos filhos e por não acompanhar de perto o crescimento e o dia a dia dos pequenos. Inicia o novo relacionamento cheio de dúvidas e até com traumas do relacionamento anterior. A madrasta deve estar atenta e perceber quais são as angústias e frustrações do namorado.
O pai deve ter consciência de que ele também é responsável pela educação de seus filhos. Normalmente os filhos moram com a mãe e o pai acha que apenas ela é responsável pela educação das crianças. Essas crianças passarão finais de semana e feriados com o pai e será insuportável se regras e limites não forem impostos desde o início.

A criança

Ela não está nem um pouco feliz com a separação de seus pais e o que gostaria mesmo é que eles voltassem a viver juntos. A chegada da madrasta muitas vezes acaba de vez com a esperança de um reconciliamento de seus pais o que a deixa muito frustrada. Se ela não tiver a “autorização” da mãe para gostar da madrasta entrará em conflito. Tratará mal essa mulher “malígna”, mas não saberá dizer porque não gosta dela. Também poderá sentir ciúmes, pois terá que “dividir” o pai. O passar do tempo e as boas atitudes da madrasta em relação à criança transformarão as angústias em um bom relacionamento dentro da realidade de cada família.


O que ninguém imagina é que esse pequeno grupo de personagens pode criar infinitas histórias. Histórias tristes ou com finais felizes. E eu ainda nem falei dos coadjuvantes…Como fazer pessoas tão diferentes viverem em harmonia? O que dizer para as que não percebem que estão seguindo caminhos tortuosos? Daqui para frente estaremos juntos nessa empreitada, tentando entender e resolver os conflitos que aparecerem. Espero a participação de todos, um beijo, Roberta

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