DATAS FESTIVAS
Uma dos maiores  problemas a serem enfrentados pelos pais após a  separação,   são as datas  festivas. Festinhas escolares , aniversário,  Natal, Ano Novo entre muitas  outras. Quando  o casal está junto  participa unido  da festa do dia das mães. O pai acompanha a esposa e o  filho,  filma, fotografa e assiste a linda  apresentação  ou exposição   de  trabalhos  da criança. Após a separação a mãe vai na festa de dia  das mães e o pai vai na festa de dia dos pais. Quem vai na Feira de  Ciências?  O certo  seria que os dois comparecessem a feira de ciências,   a festa de  aniversário, mas temos conhecimento de crianças que têm  uma festa promovida pelo pai e uma pela mãe. Esse foi o modo encontrado   para  ambos  comemorarem  o  aniversário  do filho.
Com quem ficam as crianças no Natal e no Ano Novo? Falem a verdade.  Quando somos casados sem filhos já é uma dificuldade para resolver  o  impasse  sobre com qual família passaremos  as tais datas. A esposa  sempre  acostumada a passar a meia noite com os pais faz questão de  manter o ritual. O marido também quer ficar com os pais. Mas acabam  chegando a um acordo e revezam. Véspera de natal com a família da  esposa, almoço de natal com a família do marido. No ano seguinte trocam.   No Ano Novo vão viajar e não passam com ninguém! Depois vêem os  filhos, o revezamento  continua. Logo  depois  a separação, vem para  tumultuar mais um pouco. Normalmente a mãe fica com a guarda dos filhos e  o pai que deseja ser presente na vida deles sofre a ausência no dia a  dia, sente estar perdendo  o crescimento dos filhos ao vê-los apenas nos  minguados finais de semana a cada quinze dias. Quando podem até dão um  pulinho durante a semana na casa da ex-esposa, mas são raros os pais que  têm esse livre acesso. O revezamento mais uma vez entra em foco. Assim  fica resolvido diante do juiz: Um ano as crianças passam o Natal com a  mãe e o Ano Novo com o pai e no ano seguinte  o pai fica no Natal e a  mãe no Ano Novo. Que cálculo matemático formidável.  Sentimentos  ficam  de lado. A coisa tem que ser resolvida na prática. O pai presente  que  passa oNatal sem a criança sofre, lamenta.  Mas planeja uma viagem  gostosa para o Ano Novo, se não tiver que trabalhar, claro.
 
 Querem saber  a minha opinião?  Se o Natal for da mãe o pai deve  comparecer  à festa também. Na véspera ou no almoço do dia 25. Que  teoria furada. Normalmente o ex casal mal se fala. Ficaria um clima  horrível para a família. E se o pai tiver casado novamente como fica a  pobre da madrasta?  Pois falo já. Conheço  uma madrasta que  ficou  nesses maus lençóis. Compareceu ao Natal na casa da sogra e lá estava a  criança e a ex-esposa também. A criança e seus pais, porém tiveram o  privilégio de comemorarem juntos.  Até existem  famílias que alcançaram   uma  maturidade  enorme  a ponto de todos comemorarem juntos  as  festas, mas sabemos  que isso parece mais um  conto de fadas com final  feliz. As famílias ainda precisam caminhar muito para chegarem nesse  estágio magnífico  de amor  ao próximo,  amor  ao bem  estar dos filhos.  Amor é o que normalmente  falta depois  de um casamento  desfeito. 
 
 E quando  o ente que está com a guarda da criança muda de cidade ou até  de país? Tudo bem  que para ir embora do país com o filho, o ente que  fica tem que autorizar, mas como alguém autoriza  que  levem seu filho  para tão longe? Como ele vai participar das festas e do dia a dia da  criança?  Sei que existem casos e casos, mas acho  que o ex casal não  poderia  mudar-se  de cidade a não ser que houvesse uma agenda de  visitas à criança totalmente  organizada . O ente  ausente  cumpriria as  visitas e participaria  do dia a dia de seu filho com empenho. Foi  assim no caso dos meus pais. Minha mãe mudou-se para São Paulo após a  separação , mas o meu pai viajava  230 km todos os finais de semana  enquanto eu era pequena e depois a cada quinze dias quando cresci para  me ver. Nunca furou a um só encontro. Nunca deu desculpas  para não  comparecer mesmo sendo tão cansativo. Apesar da minha mãe ter feito a  opção de ir embora, meu pai fez a proposta de viajar para me ver, pois a  minha mãe não dirigia. O casal tem que entrar  em um acordo para ver  quem vai se deslocar. Um revezamento pode ser uma opção justa. Mas o que  vejo são pais que não dispõe de dinheiro para fazer tantas viagens ou  que trabalham demais  e mal teriam tempo  para ver o filho na mesma  cidade  o que dizer então do  do filho que está mais longe?  Provavelmente o ente que tem privado o  convívio com o filho acaba se  casando novamente, tendo outros filhos e provavelmente  se afastará da  criança do primeiro casamento. Como fica essa criança longe de um pai ou  de uma mãe durante o seu crescimento?  Por mais que os pais se casem  novamente e a madrasta e o padrasto até tenham  atitudes de pais durante  a sua jornada, essa criança tem um pai ou uma mãe que está viva, apenas   ausente. Considero  muito triste esse afastamento. Ele deve ser  evitado ao máximo. 
 
 As leis deveriam ser severas nesse quesito. Os pais devem planejar    como será a vida depois  que tiverem filhos. Ninguém se casa achando que  vai se separar, mas deve passar pela cabeça que  isso acontece com  casais que fazem lindas cerimônias religiosas e festas desbundantes.  Após um tempo o casamento acaba. Por que ter filhos logo após o  casamento?  O casal deve aproveitar para construir um patrimônio,  viajar, curtir a vida a dois e se preparar para receber a prole  mais  para frente. Vejo casamentos  que duram 5 anos e têm saldo de dois  filhos. Por que então não esperar ao menos uns cinco anos antes de ter  filhos? O casal se separa ainda muito jovem, com a vida toda pela frente  e o que acontece  em seguida?   “Ah, apareceu uma oportunidade   maravilhosa  para eu ir estudar  na Europa.” Sei que devemos  seguir  a  nossa vida, um dia os filhos crescerão e seguirão a vida deles também.  Mas se esse ente  optasse por ir, deveria deixar  a criança  com quem  fica. E assumir que está errado, pois não pode pensar  apenas  nele. Não  pode privar o filho de crescer sem a sua participação.  Essa é mesmo  a  minha opinião.