O SURGIMENTO DE PAIS AFETIVOS
Hoje em dia, podemos falar que o casal está grávido, coisa impensável há algumas décadas atrás, quando o homem era o exclusivo provedor financeiro e a mulher dedicava-se integralmente aos cuidados com a casa e com os filhos. Desta maneira, aos pais cabia uma autoridade distante, não se ocupando com fraldas, alimentação, cólicas, etc. As mães eram a referência afetiva para as crianças.
A entrada da mulher no mercado de trabalho, trouxe muitas transformações na dinâmica familiar. Os dois passam a dividir as despesas, mas cabe ainda à mulher, na maioria dos lares, o acúmulo das funções de mãe e trabalhadora. As mulheres conseqüentemente vivem estressadas e estafadas. Reivindicam a colaboração do homem nas tarefas domésticas, e entre elas, o cuidado com os filhos. Os homens estão sendo pressionados a participar dos cuidados com a saúde e com a educação dos pequenos. A relação do pai com o filho e a filha passa a ser mais próxima, criando um elo afetivo maior. Este processo ainda se dá de maneira incipiente pois muitos homens resistem e permanecem numa atitude de distância e muitas vezes completamente ausentes na educação das crianças.
Desde a década de oitenta, grupos de homens começaram a discutir o modelo de masculinidade que lhes foi imposto, onde não cabia o desenvolvimento da afetividade. Cuidar de criança questionaria sua masculinidade. Além disso, a velha história de que homem não chora impedia aos homens a experiência de viver seus sentimentos com profundidade. Tudo teria que ser resolvido racionalmente, esfriando o coração. As conquistas feministas impulsionaram alguns homens a reverem suas atitudes machistas e com isso a construção social da masculinidade. Fala-se hoje em dia que o homem está em crise, buscando uma nova forma de atuar, crise esta em grande parte provocada pelas mudanças nas mulheres.
Por outro lado, as separações conjugais criam situações novas para os homens na convivência com as crianças, pelo menos no convívio quinzenal nos fins-de-semana ou na vivência de responsabilidade compartilhada onde o homem tem contatos mais freqüentes com as crianças. Tanto para o casado, como para o separado, trocar fraldas, alimentar, tomar conta, colocar para dormir são tarefas antes impensáveis para os homens, e que hoje começam a fazer parte de suas vidas.
Se olharmos para aquela velha história, onde se acredita que as mulheres são de Vênus, deusa do amor e os homens são de Marte, deus da guerra, vemos que é uma grande oportunidade para o exercício da mulher guerreira e do homem amoroso. Exercício este que se reverte para o próprio homem, pois até hoje, poucos homens foram treinados socialmente para o mundo dos cuidados, o que implica em aprender a cuidar-se também.
Todos os integrantes da família são beneficiados com a presença maior dos homens junto aos filhos. A mulher passa a ter com quem dividir a responsabilidade e os atributos domésticos, facilitando seu investimento na vida profissional. As crianças recebem o contato mais amoroso do pai, importante na construção da sua identidade. E os homens exercitam a afetividade, coisa nova para a sua maioria, educada anteriormente para o mundo do trabalho, onde a razão predomina.
O pai que é afetivo com os filhos, cria um vínculo seguro para o menino e a menina se sentirem amparados pelo homem mais significativo nas suas vidas. Aproxima a menina do pai, facilitando a formação de vínculos amorosos futuros com os rapazes na adolescência. Para o menino, oferece um modelo de masculinidade onde o afeto está presente, trazendo uma contribuição significativa na formação da forma masculina de lidar com o mundo psíquico. Tanto o menino como a menina precisam se sentir amados e a presença corpórea do pai no contato diário ao trocar fraldas, alimentar, proteger, ninar alimenta o corpo do bebê do amor paterno.
Autora: Maria Luiza de Carvalho, Psicóloga, Terapeuta Corporal, Pesquisadora/Bolsista da Fund. FORD do Prog. Gênero, Sexualidade e Saúde Reprodutiva. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Fonte: http://www.babysite.com.br/jornal/NewsClip/DefaultNewsShow.asp
A entrada da mulher no mercado de trabalho, trouxe muitas transformações na dinâmica familiar. Os dois passam a dividir as despesas, mas cabe ainda à mulher, na maioria dos lares, o acúmulo das funções de mãe e trabalhadora. As mulheres conseqüentemente vivem estressadas e estafadas. Reivindicam a colaboração do homem nas tarefas domésticas, e entre elas, o cuidado com os filhos. Os homens estão sendo pressionados a participar dos cuidados com a saúde e com a educação dos pequenos. A relação do pai com o filho e a filha passa a ser mais próxima, criando um elo afetivo maior. Este processo ainda se dá de maneira incipiente pois muitos homens resistem e permanecem numa atitude de distância e muitas vezes completamente ausentes na educação das crianças.
Desde a década de oitenta, grupos de homens começaram a discutir o modelo de masculinidade que lhes foi imposto, onde não cabia o desenvolvimento da afetividade. Cuidar de criança questionaria sua masculinidade. Além disso, a velha história de que homem não chora impedia aos homens a experiência de viver seus sentimentos com profundidade. Tudo teria que ser resolvido racionalmente, esfriando o coração. As conquistas feministas impulsionaram alguns homens a reverem suas atitudes machistas e com isso a construção social da masculinidade. Fala-se hoje em dia que o homem está em crise, buscando uma nova forma de atuar, crise esta em grande parte provocada pelas mudanças nas mulheres.
Por outro lado, as separações conjugais criam situações novas para os homens na convivência com as crianças, pelo menos no convívio quinzenal nos fins-de-semana ou na vivência de responsabilidade compartilhada onde o homem tem contatos mais freqüentes com as crianças. Tanto para o casado, como para o separado, trocar fraldas, alimentar, tomar conta, colocar para dormir são tarefas antes impensáveis para os homens, e que hoje começam a fazer parte de suas vidas.
Se olharmos para aquela velha história, onde se acredita que as mulheres são de Vênus, deusa do amor e os homens são de Marte, deus da guerra, vemos que é uma grande oportunidade para o exercício da mulher guerreira e do homem amoroso. Exercício este que se reverte para o próprio homem, pois até hoje, poucos homens foram treinados socialmente para o mundo dos cuidados, o que implica em aprender a cuidar-se também.
Todos os integrantes da família são beneficiados com a presença maior dos homens junto aos filhos. A mulher passa a ter com quem dividir a responsabilidade e os atributos domésticos, facilitando seu investimento na vida profissional. As crianças recebem o contato mais amoroso do pai, importante na construção da sua identidade. E os homens exercitam a afetividade, coisa nova para a sua maioria, educada anteriormente para o mundo do trabalho, onde a razão predomina.
O pai que é afetivo com os filhos, cria um vínculo seguro para o menino e a menina se sentirem amparados pelo homem mais significativo nas suas vidas. Aproxima a menina do pai, facilitando a formação de vínculos amorosos futuros com os rapazes na adolescência. Para o menino, oferece um modelo de masculinidade onde o afeto está presente, trazendo uma contribuição significativa na formação da forma masculina de lidar com o mundo psíquico. Tanto o menino como a menina precisam se sentir amados e a presença corpórea do pai no contato diário ao trocar fraldas, alimentar, proteger, ninar alimenta o corpo do bebê do amor paterno.
Autora: Maria Luiza de Carvalho, Psicóloga, Terapeuta Corporal, Pesquisadora/Bolsista da Fund. FORD do Prog. Gênero, Sexualidade e Saúde Reprodutiva. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Fonte: http://www.babysite.com.br/jornal/NewsClip/DefaultNewsShow.asp