Análises

PATERNIDADE APENAS OS FATOS

Todos deveriam estar atentos a um assunto importante.

Hoje no Brasil a taxa de divórcios quadriplicou em relação à década de sessenta. Podemos dizer que numa classe de 60 alunos de uma escola de classe média, 15 crianças são filhos de pais separados.

Em classe social baixa o número de crianças que não vive com o pai biológico atinge mais de 40%.



Num estudo projetivo dos E.U.A é estimado que 55 a 60% das crianças nascidas na década de 90 passaram grande parte da sua vida afastados dos pais biológicos.

“Em 1960 o número de crianças vivendo só com a mãe era de 5 milhões”. Hoje o número atinge 8 milhões.

Por volta de 40% das crianças que vivem só com a mãe, vêem seu pai biológico apenas uma vez por ano. Mais de 50% destas crianças não conhecem o pai biológico, 15% das mães divorciadas não dão valor ao contato das crianças com seus pais biológicos. Esse número de mães tenta sabotar que os pais vejam e estejam mais tempo com as crianças (mandando as crianças para outro lugar antes de pai chegar, dizendo que elas estão doentes para sair, muitas lições de casa para fazer, alegando que elas tem horário, exigindo rigidez de dias e horas, etc...).

26% dos pais ausentes vivem em estados diferentes das residências dos seus filhos.

De posse destes dados, vamos aos fatos:

- 72% dos adolescentes assassinos cresceram sem pai.

- 60% dos estupradores da América cresceram sem seus pais.

- 70% dos delinqüentes juvenis em instituições de reformas cresceram com um só progenitor ou sem família.

- Crianças com ausência do pai biológico tem 2 vezes mais probabilidades de repetir o ano escolar.

- Em crianças que demonstraram comportamento violento na escola é onze vezes mais provável que haja ausência do pai biológico.
Crianças, principalmente meninos apresentam baixa média de leitura e mais dificuldades nas provas finais.

Entre 1960 e 2002a taxa de suicídio na adolescência triplicou (3 em 4 suicídios dos adolescentes ocorrem em lares onde o pai biológico é ausente).

Em estudo atual avaliou-se que crianças na ausência do pai biológico estão dramaticamente mais sujeitas a risco de suicídio, doenças sexuais, drogas, abuso de álcool, baixa performance acadêmica, gravidez, aborto e criminalidade.

O mesmo vale para acidentes, asma, dores e dificuldade na elaboração da fala (gagueira).

Num estudo de crianças na pré-escola admitidos em Hospital Psiquiátrico de Nova Orleans como doentes psiquiátricos encontrou-se que por volta de 80% vem de lares sem o pai.

Uma de quatro crianças crescendo na década de 90 vivendo eventualmente para a família estepe (step family), irão presenciar mais um divórcio até alcançar o fim da adolescência.
Somente uma em seis crianças de casais divorciados vê seu pai pelo menos uma vez por semana; em dez anos de separação somente uma em dez crianças tem contato com o pai biológico; 8 em 10 crianças de casais divorciados vive com sua mãe biológica e um pai estepe (regra três).

20% das crianças que vivem com seus pais quando perguntando o nome de adultos que você admira e se espelha respondem: “seu Pai”.
Esse número quando perguntando a criança que vive na ausência do pai biológico ou com pai estepe subiu para 66%.

Estes são os fatos de um estudo atual de National Fathrboard Iniciative, Lancaster, Pensilvanya.

Os desafios do novo pai

Os novos pais já se mostram capazes de partilhar, verdadeira e profundamente, as tarefas extenuantes, as responsabilidades (materiais e morais) de educar os filhos e organizar a casa.

No entanto, a paternidade continua sempre desvalorizada como elemento de formação do núcleo familiar.

Prova disso é que o pai é proibido de participar do parto, com a alegação de que isso “é coisa de mulher”. Ainda hoje só algumas maternidades permitem que essa figura “secundária” entre no centro obstétrico. E a maioria cobrado taxas altas para conceder tal permissão.

Já houve algum reconhecimento: três dias, garantidos por lei, para o pai “ficar em casa”. Este tempo é suficiente apenas para resolver a burocracia da maternidade e registrar a criança. Não para participar de fato dos primeiros momentos desse novo ser, especial também para o pai.
E o mais absurdo é que, no caso da separação (mesmo que amigável) a mãe com a guarda dos filhos tem o direito de alterar o nome deles sem a autorização do pai. Ou seja, um nome escolhido amorosa e democraticamente pelo casal pode ser mudado pelo poder.

Altera-se a certidão de nascimento, a carteira de identidade e o passaporte sem consultar ou sequer informar o pai. O pátrio pode nem é cogitado nessas questões.

Vale o poder materno contra o amor paterno. Que lei é essa?

Não se pode mais negar a importância da figura paterna na relação familiar e na construção da identidade dos filhos.

A “poderosa e antiga mãe’ abriu espaço para a nova mãe.

E esta mulher, que ganhou autonomia e poder econômico e social, abriu espaço para o pai.

Um novo pai que está surgindo, mas que depende, obviamente, da nova mãe.

Essa mulher – mãe, realizada nos seus mais variados potenciais criativos, busca um companheiro e divide com ele o amor e a educação dos filhos.
Casada ou divorciada, valoriza a importância do pai.

Vitoriosa e completa, ela se opõe ao modelo ultrapassado de mulher: comodista, sempre à procura de um patrocinador, suportando relacionamentos insatisfatórios por uma questão de sobrevivência e, ao exercer a “profissão” de ex-esposas, colecionando pensões, usando os filhos para cicatrizar velhas feridas.

Gostaria de entender por que a lei dá a algumas mães o poder de afastar os filhos dos pais?

Por que um pai amoroso e responsável não tem o direito de dividir o tempo dos filhos?

Por que um bom homem não pode ser um bom educador?
Será que o fato de ter o filho na barriga por nove meses garante

MALCOLM MONTGOMERY


Médico Ginecologista e Obstetra (Faculdade de Medicina de Jundiaí - 1977).Residência Médica - Maternidade São Paulo (1978-1979).

Ginecologista do Hospital Israelita Albert Einstein (selo de qualidade Joint Comission).

Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO.

Membro efetivo da Internatiol Society Of Psychosomatic in Obstetric and Ginecology (ISPOG)

Fez sua formação em Medicina Psicossomática no Instituto de Psicossomática de São Paulo pela Associação Brasileira de Psicossomática.

Professor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Mecina do ABC-São Paulo e da Faculdade de Psicologia da UNIP (Universidade Paulista) - De 1980 à 2002.


Fonte: http://www.drmm.com.br/artigos/detalhes.asp?id=30

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