Madrasta

DIA DOS PAIS

Mais um dia dos pais se aproxima e as famílias se preparam para comemorar essa data. Como temos diferentes tipos de famílias, temos diferentes tipos de comemoração.

Uma família composta por pai, mãe e filhos, nesse momento está se programando para ir a festinha da escola. A maioria das escolas programa uma comemoração para esse dia. A criança faz uma pequena apresentação e no final entrega um lindo presente normalmente feito por ela. Certamente a mãe também comparecerá ao evento acompanhada de uma filmadora ou máquina fotográfica e registrará tudo, sempre chorando emocionada. Essa mesma mãe já comprou um lindo presente para as crianças entregarem para o pai logo cedinho, na cama, antes do café da manhã, como vemos nas propagandas de margarina. O pai sente-se realizado, prestigiado e muito amado e guarda para sempre aquela recordação da infância de seus filhos.

Como uma família de pais separados comemora o dia dos pais? Nesse caso não temos muitas regras. Vamos partir do pressuposto de que os pais se respeitam apesar de estarem separados. Que bom que o dia dos pais é comemorado no final de semana, assim o pai pode ir a festinha da escola e ficar em companhia de seu filho. Se bem que escutei um relato de um pai que disse que a escola de seu filho comemora a data em um dia da semana e que ele não pôde comparecer por anos seguidos. Como uma escola pode fazer isso? Fiquei indignada.

Como fica o presente? Quem vai comprá-lo? A mãe deve comprar um presente para a criança levar ao pai. Será que estou sonhando demais? Bom, então para garantir que esse pai não fique sem presente e a criança não se sinta mal por chegar de mãos abanando, a avó paterna “deve” comprar o tal presente. Se o pai tiver uma companheira e essa tiver assumido uma postuda de boa madrasta, está aí a responsável pelo presente. Opa! Pode ser que esse pai ganhe três presentes se todas as mulheres forem antenadas!

Desde o início do meu relacionamento eu assumi o dia dos pais dos meus enteados. Algumas semanas antes da data eu já começo a perguntar o que eles gostariam de comprar para o papai. O Lucas sempre escolhe sapato e a Amanda quer dar cesta de café da manhã. A “surpresa” está sempre pronta no dia tão esperado e o meu marido é acordado com o café da manhã digno de um rei e muitos beijos. Tudo registrado pela “tal” câmera de vídeo da família da “margarina”. E a festinha da escola? Meu marido foi a todas. E eu sempre estive ao seu lado. Chorando emocionada.

Hoje o Lucas está com 12 anos e não tem mais festinha para o pai na escola. A Amanda, 9 anos, ainda tem e sabe o que aconteceu esse ano? O meu filho de um ano e seis meses também terá sua primeira festinha de dia dos pais na escola. A comemoração será no mesmo dia e horário em escolas diferentes. Como estamos falando de filhos de dois casamentos diferentes e de apenas um pai, esse pai teve que fazer uma escolha. Fácil? De modo algum. Como o meu filho ainda é pequeno e não vai entender que foi realizada uma festa de dia dos pais em sua escola e todos os pais estavam lá menos o dele, meu marido vai a festa da Amanda.

Ele vai explicar para a filha que essa será a sua nona participação em sua escola e que a partir do ano que vem, se a data coincidir novamente, começará a participar das festas do Pedro. Além de meu filho começar a entender, meu marido quer dar ao Pedro a mesma presença e participação como fez nas festas dos dois filhos do casamento anterior. Nessas horas a madrasta realmente tem que ter bom senso, muuuita maturidade e não olhar apenas para o seu umbigo. É nessa hora que consigo ver que eu realmente amo os filhos do meu marido e não é porque agora tenho o meu filho que tenho que privilegiá-lo em determinada situação. Eu vou torcer para que pelo menos o horário da festa não coincida mais, pois será muito difícil saber que o meu marido não irá a festa da Amanda no ano que vem…

Sei que existem muitos PAISLEGAIS como o meu marido, que serão privados da companhia de seu filho nessa data tão querida. Desejo a vocês um feliz dia dos pais e que nunca deixem de lutar pelo amor de seus filhos. Um beijo, Roberta

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DATAS FESTIVAS

AnoNovo2012Uma dos maiores problemas a serem enfrentados pelos pais após a separação, são as datas festivas. Festinhas escolares , aniversário, Natal, Ano Novo entre muitas outras. Quando o casal está junto participa unido da festa do dia das mães. O pai acompanha a esposa e o filho, filma, fotografa e assiste a linda apresentação ou exposição de trabalhos da criança. Após a separação a mãe vai na festa de dia das mães e o pai vai na festa de dia dos pais. Quem vai na Feira de Ciências? O certo seria que os dois comparecessem a feira de ciências, a festa de aniversário, mas temos conhecimento de crianças que têm uma festa promovida pelo pai e uma pela mãe. Esse foi o modo encontrado para ambos comemorarem o aniversário do filho.

Com quem ficam as crianças no Natal e no Ano Novo? Falem a verdade. Quando somos casados sem filhos já é uma dificuldade para resolver o impasse sobre com qual família passaremos as tais datas. A esposa sempre acostumada a passar a meia noite com os pais faz questão de manter o ritual. O marido também quer ficar com os pais. Mas acabam chegando a um acordo e revezam. Véspera de natal com a família da esposa, almoço de natal com a família do marido. No ano seguinte trocam. No Ano Novo vão viajar e não passam com ninguém! Depois vêem os filhos, o revezamento continua. Logo depois a separação, vem para tumultuar mais um pouco. Normalmente a mãe fica com a guarda dos filhos e o pai que deseja ser presente na vida deles sofre a ausência no dia a dia, sente estar perdendo o crescimento dos filhos ao vê-los apenas nos minguados finais de semana a cada quinze dias. Quando podem até dão um pulinho durante a semana na casa da ex-esposa, mas são raros os pais que têm esse livre acesso. O revezamento mais uma vez entra em foco. Assim fica resolvido diante do juiz: Um ano as crianças passam o Natal com a mãe e o Ano Novo com o pai e no ano seguinte o pai fica no Natal e a mãe no Ano Novo. Que cálculo matemático formidável. Sentimentos ficam de lado. A coisa tem que ser resolvida na prática. O pai presente que passa oNatal sem a criança sofre, lamenta. Mas planeja uma viagem gostosa para o Ano Novo, se não tiver que trabalhar, claro.

Querem saber a minha opinião? Se o Natal for da mãe o pai deve comparecer à festa também. Na véspera ou no almoço do dia 25. Que teoria furada. Normalmente o ex casal mal se fala. Ficaria um clima horrível para a família. E se o pai tiver casado novamente como fica a pobre da madrasta? Pois falo já. Conheço uma madrasta que ficou nesses maus lençóis. Compareceu ao Natal na casa da sogra e lá estava a criança e a ex-esposa também. A criança e seus pais, porém tiveram o privilégio de comemorarem juntos. Até existem famílias que alcançaram uma maturidade enorme a ponto de todos comemorarem juntos as festas, mas sabemos que isso parece mais um conto de fadas com final feliz. As famílias ainda precisam caminhar muito para chegarem nesse estágio magnífico de amor ao próximo, amor ao bem estar dos filhos. Amor é o que normalmente falta depois de um casamento desfeito.

E quando o ente que está com a guarda da criança muda de cidade ou até de país? Tudo bem que para ir embora do país com o filho, o ente que fica tem que autorizar, mas como alguém autoriza que levem seu filho para tão longe? Como ele vai participar das festas e do dia a dia da criança? Sei que existem casos e casos, mas acho que o ex casal não poderia mudar-se de cidade a não ser que houvesse uma agenda de visitas à criança totalmente organizada . O ente ausente cumpriria as visitas e participaria do dia a dia de seu filho com empenho. Foi assim no caso dos meus pais. Minha mãe mudou-se para São Paulo após a separação , mas o meu pai viajava 230 km todos os finais de semana enquanto eu era pequena e depois a cada quinze dias quando cresci para me ver. Nunca furou a um só encontro. Nunca deu desculpas para não comparecer mesmo sendo tão cansativo. Apesar da minha mãe ter feito a opção de ir embora, meu pai fez a proposta de viajar para me ver, pois a minha mãe não dirigia. O casal tem que entrar em um acordo para ver quem vai se deslocar. Um revezamento pode ser uma opção justa. Mas o que vejo são pais que não dispõe de dinheiro para fazer tantas viagens ou que trabalham demais e mal teriam tempo para ver o filho na mesma cidade o que dizer então do do filho que está mais longe? Provavelmente o ente que tem privado o convívio com o filho acaba se casando novamente, tendo outros filhos e provavelmente se afastará da criança do primeiro casamento. Como fica essa criança longe de um pai ou de uma mãe durante o seu crescimento? Por mais que os pais se casem novamente e a madrasta e o padrasto até tenham atitudes de pais durante a sua jornada, essa criança tem um pai ou uma mãe que está viva, apenas ausente. Considero muito triste esse afastamento. Ele deve ser evitado ao máximo.

As leis deveriam ser severas nesse quesito. Os pais devem planejar como será a vida depois que tiverem filhos. Ninguém se casa achando que vai se separar, mas deve passar pela cabeça que isso acontece com casais que fazem lindas cerimônias religiosas e festas desbundantes. Após um tempo o casamento acaba. Por que ter filhos logo após o casamento? O casal deve aproveitar para construir um patrimônio, viajar, curtir a vida a dois e se preparar para receber a prole mais para frente. Vejo casamentos que duram 5 anos e têm saldo de dois filhos. Por que então não esperar ao menos uns cinco anos antes de ter filhos? O casal se separa ainda muito jovem, com a vida toda pela frente e o que acontece em seguida? “Ah, apareceu uma oportunidade maravilhosa para eu ir estudar na Europa.” Sei que devemos seguir a nossa vida, um dia os filhos crescerão e seguirão a vida deles também. Mas se esse ente optasse por ir, deveria deixar a criança com quem fica. E assumir que está errado, pois não pode pensar apenas nele. Não pode privar o filho de crescer sem a sua participação. Essa é mesmo a minha opinião.

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A MADRASTA E UM DE SEUS MAIORES PROBLEMAS

Não existe meio termo. Ou a ex-esposa aceita a nova namorada do ex-marido ou não aceita. Quando iniciei o relacionamento com o meu marido esse era um dos meus maiores temores. Logo porém, constatei que eu era uma madrasta privilegiada, pois a ex-esposa de meu marido nunca falou mal de mim para as crianças. Mais de 70 % das madrastas que se correspondem comigo por e-mail têm problemas de relacionamento com a ex-esposa de seus companheiros. A madrasta deve avaliar desde o início as atitudes dessa mulher e também demonstrar a ela sua boa intenção em relação a criança para que ela fique tranqüila. A ex-esposa não sabe quem é essa mulher estranha que se aproximará de seu filho. Não sabe se a criança será prejudicada, também está insegura e cheia de dúvidas.

Somente o dia a dia mostrará quem é quem nessa trama complicada, mas um grande problema que a madrasta pode encontrar pela frente, é uma ex-esposa ressentida que faz o que pode de ruim para atingir o ex-marido. Quando ela fica sabendo do novo relacionamento do ex-companheiro e ainda não está bem resolvida como mulher, profissional e mãe, passa a ter como "hobby" se preocupar em destruir o ex-companheiro.

Um de seus primeiros passos é falar mal da madrasta para a criança. Esta escuta atentamente os conselhos da mãe e quando encontra com a "mulher maligna" a trata com indiferença, grosseria e muitos maus modos. As frases mais comuns da criança são:

"Se você não existisse o meu pai daria mais dinheiro para a minha mãe"

"Se você não existisse o meu pai voltaria a viver com a minha mãe"

"Foi por sua causa que o meu pai se separou da minha mãe"


Tudo isso sendo verdade ou não o que a madrasta pode fazer? Deve ter sempre muita maturidade diante dos problemas que forem surgindo. Não deve responder com agressividade para a criança. Deve fazer "cara de paisagem" por mais que esteja irritada querendo colocar a criança em seu devido lugar. Lembre-se: ela está sendo manipulada pela mãe. Enquanto for pequena vai acreditar no que for dito, mas conforme o tempo for passando e as boas atitudes da madrasta forem acontecendo, a criança começará a ver que as coisas não são exatamente como a mãe diz. Também é importante que o pai converse com a criança e que todos juntos a façam perceber que o que a mãe diz é contraditório diante da realidade que vivem. Expliquem a verdade para ela. Pai e madrasta não devem falar mal da mãe para a criança.


ATENÇÃO! Algumas vezes a criança fica arredia, trata mal a madrasta, mas não significa que a mãe esteja falando mal da madrasta para ela. Nenhuma criança quer que os pais se separem. A separação dos pais e a nova companheira podem ser situações novas muito difíceis de serem digeridas causando conflitos para a criança. O pai e a madrasta devem observar bem o comportamento da criança antes de concluir coisas erradas. Usem sempre o bom senso e coloquem-se no lugar dessa criança que nesse momento vive tantos conflitos.

Algumas vezes, a criança diz frases que magoam a madrasta. Ela pode falar por falar, para atingí-la, para tentar excluí-la da "família". Veja alguns exemplos:

A criança diz: "Lembra papai, quando eu, você e a mamãe fomos ao zoológico e o macaco pulou na cerca?"

A criança faz questão de lembrar passeios e outros momentos felizes vividos com os pais antes da separação. São situações onde a madrasta não estava presente. Nesse momento, a madrasta deve participar naturalmente da conversa dizendo: "O macaco pulou na cerca? Vocês se assustaram? Eu adoro passear no zoológico, vamos lá qualquer dia desses?"

A criança diz: "A lasanha que a minha mãe faz é muito mais gostosa do que a sua!"

A madrasta pode dizer: "A mamãe é mesmo muito boa para fazer comidas gostosas, não é? O que mais ela faz que é muito gostoso?"

Por mais que a vontade seja dizer: "Então não come, assim sobra mais", agüente firme. Quanto mais a criança perceber que você se irrita com essas frases, mais te atacará. Esse tipo de conversa desaparecerá com o tempo se o intuito for apenas o de magoar a madrasta. Quando a madrasta tem vontade de dizer ou até mesmo diz frases como esta, demonstra que ainda não está plenamente madura, ainda não compreende exatamente a delicada relação em que está envolvida. Esses sentimentos são destrutivos e ela pode estar tão emocionalmente insegura quanto a mãe.

Outra coisa que a ex-esposa pode fazer é telefonar o tempo todo para a casa do ex-marido para reclamar da criança, pedir favores, mais dinheiro, reclamar que a criança voltou com algum problema do final de semana, que a madrasta a tratou mal, enfim, um inferno! Instalar um detector de chamadas, ameniza o problema, mas não acaba com ele. Somente uma boa postura do ex-marido será uma boa solução. Ele deve, dia a dia, escutá-la para ver se com o tempo ela desaparece e se chegar a ponto de querer que ela se mude para o Chuí, deve ignorá-la. Quando a ex-esposa encontra dificuldade em atingir o ex-marido, pois esse já aprendeu a ignorá-la, ela pode passar a prejudicar o próprio filho. Usa a criança de ponte para conseguir o que deseja. Algumas coisas que ela pode fazer:

Dificultar as visitas do pai.

O pai chega para buscar a criança para passar o final de semana com ele e encontra a casa vazia. A mãe saiu, ou melhor, sumiu com a criança. O pai pode até fazer um boletim de ocorrência, ir ao fórum falar com o juiz, com o promotor, com o bispo, mas isso tudo é desgastante, irritante, frustrante. A mãe sente-se a toda poderosa, pois tem a guarda da criança e a usa como objeto para torturar o pai.

Pressionar psicologicamente a criança e fazer com que ela se sinta culpada por também gostar de ficar com o pai.


As frases mais comuns dessas mães são:

"Você não me ama mais, por isso prefere ficar com o seu pai"

"Eu te esperei 9 meses, te conheço melhor do que o seu pai"

"Lugar de filho é ao lado da mãe"

"Você já não liga mais para mim mesmo, vai lá ficar com o seu pai"

"Tudo isso que você está fazendo para a mamãe vai voltar um dia para você"

"Como você se sentiria se a mamãe fosse embora de vez?"

"Qualquer hora mando você morar com o seu pai e vou morar em outro país"

"É tão ruim assim ficar com a mamãe?"

"Eu nunca fui mesmo uma boa mãe, não presto mesmo"

"Pode ficar com o seu pai mais um dia, eu fico aqui sofrendo, tudo bem."

E como ficam as crianças que escutam essas frases? O que vi até agora foram relatos de dó da mãe e muitos conflitos internos. Começam a ir mal na escola, choram à toa, roem as unhas. Sentem-se culpadas em desejar a companhia do pai. E as seqüelas que ficam? Só o tempo vai mostrar. Algumas crianças se afastam dessa mãe e mesmo assim ela não percebe que foram suas atitudes erradas que levaram a isso. Tendem a culpar outras pessoas, normalmente o ex-marido. Ela tem certeza que ele passa todos os dias de seu final de semana falando mal dela para a criança.

Acho que podemos comparar as frases ditas acima ao abuso de autoridade. Aquele mesmo exercido por policiais corruptos. Essa mãe se vê no direito de destruir a vida do filho simplesmente porque "é a mãe".

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MADRASTA E A NOVA FAMÍLIA

Quem são e o que sentem as pessoas envolvidas num novo relacionamento após uma separação?

Quando a mulher inicia um relacionamento com um homem que já tem filhos, tem que ficar em estado de alerta. Nesse momento ela passa a ser a madrasta dos filhos do primeiro casamento e se não se preparar bem para tal tarefa pode frustrar-se bastante. Esse é um relacionamento que pode trazer muitos problemas e para que seja fácil resolvê-los a madrasta deve antecipar-se a eles. Deve ter em mente tudo o que pode acontecer com as pessoas envolvidas na história. Além dela, há o namorado, a ex-esposa e as crianças. Todos podem estar abalados emocionalmente, com medos, expectativas e emoção à flor da pele. O mais importante para viver em harmonia nesse relacionamento é ter bom senso diante dos problemas que forem aparecendo. O sucesso da empreitada depende um pouco de cada personagem. Veja quem são eles:

A Madrasta

Quando uma madrasta inicia o relacionamento com seu companheiro, deve ter em mente que não poderá ter ciúmes nem da criança, nem da ex-esposa. Elas já existiam antes dela, portanto tudo o que as envolve não pode ser surpresa. A madrasta deve saber quais foram os combinados no momento da separação e saber que esses deverão ser cumpridos rigorosamente. O valor da pensão deve ser pago impreterivelmente no dia combinado, as visitas do pai à criança devem ser mantidas, a criança deve ver o pai o máximo que for possível e permitido no acordo. Se ele tiver livre acesso a casa da mãe deve comparecer para ver as crianças, bem como nas festas de aniversário e festas da escola. Alguns casais acordam que o pai pagará despesas extras e que também auxiliará a mãe em caso de emergência ou outros, portanto a madrasta deve saber exatamente o que foi combinado e se aceitará dividir o companheiro quando houver necessidade. Os pais lutam mais e mais a cada dia para terem a guarda compartilhada. Isso significa um contato cada vez maior com a ex-esposa e com a criança. A madrasta deve concordar plenamente com essa possibilidade que será a melhor alternativa de vida para a crianca. Tem que se lembrar também que um dia a criança poderá vir morar com o pai.

A Ex-esposa

Quando a ex-esposa não aceita o novo relacionamento do ex-marido fica tudo mais complicado para a madrasta. Ela falará mal dessa nova mulher do pai para a criança e essa a odiará. Quando a criança chega na casa do pai arredia e com frases prontas fica clara essa situação. Nesse momento a madrasta deve colocar-se no lugar da criança e perceber que ela não age assim porque quer. Deve mostrar para a criança que ela tem boas intenções e deixar que o dia a dia mostre que ela não é má como a mãe lhe diz. Se a ex-esposa aceita o novo relacionamento do ex-marido tudo fica fácil. A criança terá “autorização” para gostar da madrasta e poderá conhecê-la naturalmente no dia a dia, sem nenhum tipo de interferência.

O Pai
O pai pode estar triste por estar longe dos filhos e por não acompanhar de perto o crescimento e o dia a dia dos pequenos. Inicia o novo relacionamento cheio de dúvidas e até com traumas do relacionamento anterior. A madrasta deve estar atenta e perceber quais são as angústias e frustrações do namorado.
O pai deve ter consciência de que ele também é responsável pela educação de seus filhos. Normalmente os filhos moram com a mãe e o pai acha que apenas ela é responsável pela educação das crianças. Essas crianças passarão finais de semana e feriados com o pai e será insuportável se regras e limites não forem impostos desde o início.

A criança

Ela não está nem um pouco feliz com a separação de seus pais e o que gostaria mesmo é que eles voltassem a viver juntos. A chegada da madrasta muitas vezes acaba de vez com a esperança de um reconciliamento de seus pais o que a deixa muito frustrada. Se ela não tiver a “autorização” da mãe para gostar da madrasta entrará em conflito. Tratará mal essa mulher “malígna”, mas não saberá dizer porque não gosta dela. Também poderá sentir ciúmes, pois terá que “dividir” o pai. O passar do tempo e as boas atitudes da madrasta em relação à criança transformarão as angústias em um bom relacionamento dentro da realidade de cada família.


O que ninguém imagina é que esse pequeno grupo de personagens pode criar infinitas histórias. Histórias tristes ou com finais felizes. E eu ainda nem falei dos coadjuvantes…Como fazer pessoas tão diferentes viverem em harmonia? O que dizer para as que não percebem que estão seguindo caminhos tortuosos? Daqui para frente estaremos juntos nessa empreitada, tentando entender e resolver os conflitos que aparecerem. Espero a participação de todos, um beijo, Roberta

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